Procurado por agredir companheira grávida com marteladas enquanto dormia é preso em Itapetininga
04/07/2025
(Foto: Reprodução) Homem se entregou no Plantão Policial de Itapetininga (SP) na madruga desta sexta-feira (4), acompanhado de um advogado. Ele era procurado pela polícia desde o dia 27. Polícia Civil procura por Maykon Douglas de Lima, de 30 anos, em Sarapuí (SP)
Reprodução/Polícia Civil
O homem, de 30 anos, suspeito de ter agredido a companheira grávida com marteladas enquanto ela dormia, em Sarapuí (SP), foi preso pela Polícia Civil na madrugada desta sexta-feira (4), em Itapetininga (SP).
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De acordo com a Polícia Civil, Maykon Douglas de Lima se apresentou no plantão policial na presença de um advogado. A vítima, que estava grávida, precisou passar por uma cirurgia de emergência e por um parto antecipado após as agressões. Mãe e bebê seguem em recuperação e estão estáveis.
Ele era considerado foragido da Justiça desde o último dia 27. O g1 não conseguiu contato com a defesa do suspeito até a última atualização desta reportagem.
Mais denúncias
Segundo o delegado Emerson Jesus Martins, responsável pelo caso, há dois boletins de ocorrência por crimes de violência contra a mulher contra Maykon Douglas de Lima, de 30 anos.
A Polícia Civil expediu um mandado de prisão contra o suspeito no dia 27 de junho. Ele era procurado desde 20 de junho, quando a polícia teve conhecimento de um dos crimes cometidos por ele.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou ao g1 que os dois casos são investigados pela delegacia de Sarapuí. O homem, de 30 anos, se entregou no plantão policial de Itapetininga nesta sexta-feira (4).
Após a agressão contra a companheira grávida ganhar repercussão, outra mulher informou à polícia que também se relacionou com o suspeito, em março de 2024, quando o próprio Maykon disse a ela que tinha uma ex-esposa (a vítima grávida).
Conforme o boletim de ocorrência, a mulher soube que ele estava se relacionando com as duas ao mesmo tempo. Além disso, a primeira vítima contou à outra sobre a gravidez e que havia sido agredida pelo suspeito, mas ele negava as agressões.
Ainda segundo o registro, meses se passaram até que, no início de 2025, a mulher e o suspeito foram morar juntos e, no início, ele parecia ser um bom companheiro, até começar a apresentar ciúmes em excesso, passando a ameaçá-la.
Em um dos casos, o suspeito teria ido buscar a vítima no trabalho e mudou o percurso na volta, para uma estrada de terra, na qual insinuou que ela estava recebendo atenção de outro homem.
De acordo com o BO, ele agrediu a vítima e ainda disse a ela para não contar a ninguém. Caso contasse, o suspeito a mataria. Dias depois, conforme o registro, ele bateu nela novamente, com socos, chutes e puxões de cabelo por não aceitar o fim do relacionamento entre eles.
Ainda segundo o boletim, Maykon obrigou a vítima a sair de casa com ele em uma moto após a agressão. Quando ela percebeu que era na mesma estrada de terra, a vítima pulou da garupa. Ele ainda teria segurado a vítima pelo braço e arrastando-a por vários metros, causando diversos ferimentos nela.
A vítima foi socorrida por um casal que passava pelo local, que acionou a Polícia Militar e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), sendo encaminhada ao posto de saúde, enquanto o suspeito já havia fugido do local.
Delegacia de Sarapuí (SP)
Prefeitura de Sarapuí/Divulgação
Grávida agredida
Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, o caso foi denunciado por parentes da vítima, que notaram que ela não comparecia a exames médicos e nem dava notícias. Ao chegar à casa onde o casal morava, em Sarapuí, a polícia encontrou a jovem com diversas lesões e fraturas pelo corpo.
Ao perceber a chegada da polícia, o companheiro dela fugiu. A mulher disse aos policiais que chegou a levar marteladas enquanto dormia e que era agredida pelo homem havia dias.
Ela foi encaminhada ao hospital da cidade e transferida, posteriormente, ao hospital de Itapetininga (SP), onde precisou passar por um parto de emergência por causa de uma hemorragia.
Ainda segundo o BO, a vítima possui medida protetiva de urgência contra o suspeito.
Exames foram solicitados ao Instituto Médico Legal (IML) e o caso foi registrado como violência doméstica, tentativa de homicídio e tentativa de feminicídio na delegacia de Sarapuí. A vítima e a bebê estão se recuperando.
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