Funcionário demitido um dia antes de explosão no Paraná que matou nove pessoas sobreviveu a acidente com quatro mortos em 1993

  • 18/08/2025
(Foto: Reprodução)
Carlos Evandro Teixeira, de 53 anos, escapou de explosão em 2025 e sobreviveu a acidente em 1993 Arquivo pessoal A explosão na fábrica de explosivos Enaex Brasil em Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), não foi a primeira tragédia da qual Carlos Evandro Teixeira, de 53 anos, escapou. Em 1993, aos 20 anos, ele sobreviveu a um acidente entre dois carros e que matou quatro pessoas na PR-092, a Rodovia dos Minérios, em Rio Branco do Sul, também na RMC. Na última terça-feira (12), nove pessoas morreram e sete ficaram feridas após a explosão na unidade da Enaex. Carlos era líder de manutenção na fábrica e havia sido demitido um dia antes do acidente. Relembre história abaixo. "É uma mistura de sentimentos. Primeiro dá uma tristeza, você fica 'gelado', depois o 'calor' de saber que Deus salvou minha vida. Eu lamentei muito pela vida dos meus amigos naquela época, como aconteceu agora", disse. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 PR no WhatsApp Em 10 de abril de 1993, Carlos estava em Rio Branco do Sul na casa de um tio. Ele lembra que aceitou uma carona de amigos da cidade que iam para Almirante Tamandaré, também na Grande Curitiba. No carro em que ele estava, havia três pessoas. Durante a viagem, o veículo derrapou, invadiu a pista contrária e bateu de frente com o outro carro que, para a surpresa dele, também era de um grupo de amigos. Seis pessoas estavam no carro atingido. Segundo Carlos, os dois motoristas morreram, além dos dois passageiros do veículo em que ele estava. Imagens de uma reportagem publicada pelo jornal Tribuna do Paraná na época mostram como ficaram os veículos após o acidente. Reportagem do acidente em que Carlos Teixeira sobreviveu, publicada pelo Tribuna do Paraná, em 1993. Arquivo pessoal/Edemilson Artigas Ele conta que sofreu traumatismo craniano, foi levado inconsciente ao Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul, passou por cirurgia e ficou 17 dias internado. "Quando descobri que meus amigos haviam morrido, eu fiquei muito triste e, ao mesmo tempo, feliz porque Deus havia me dado outra oportunidade. Mas essa agitação acabou que rompeu uma membrana na parte interna e começou a pingar líquido cerebral pelo meu nariz." Antes da cirurgia para corrigir o problema, o sintoma desapareceu, e ele recebeu alta. Para Carlos, escapar do acidente e se curar espontaneamente foram dois milagres. Funcionário foi demitido um dia antes da explosão da fábrica no PR Mais sobre o caso: O que se sabe e o que falta esclarecer sobre o caso Quem são as vítimas Buscas são suspensas após mais de mil vestígios biológicos serem coletados Segurança é preso por tentar vender por R$ 5 mil imagens do momento da explosão Imagens mostram estragos em fábrica de explosivos Moradores de oito cidades sentiram explosão em fábrica Impacto da explosão causou interdição de empresas Delegada diz que vítimas se reuniram para fazer oração pouco antes de explosão Apoio de SP, RS e SC pode encurtar de 30 para 10 dias prazo para identificação de vítimas Carlos era amigo de vítimas que morreram na Enaex Carlos Evandro Teixeira, ex-funcionário da Enaex Brasil Reprodução/RPC Carlos relembrou que conhecia a rotina de cada setor da Enaex e que a oração fazia parte de toda troca de turno dos funcionários, dos quais ele era amigo. Ele explicou que, antes do início da produção do dia, havia um tempo dedicado ao Diálogo Diário de Segurança (DDS), que durava de 10 a 15 minutos. Depois, iniciavam uma oração. A delegada que investiga o caso afirma que os funcionários mortos se reuniram para uma oração minutos antes da explosão. "Geralmente, a oração era um Pai Nosso, agradecendo pelo dia, por testar ali, pedindo para que no outro dia a gente conseguisse estar ali. Conseguisse vencer aquele dia", compartilhou. A explosão Imagens internas da empresa Enaex Corpo de Bombeiros A explosão aconteceu por volta das 5h50 da manhã de terça, em uma área de 25 metros quadrados que armazena material explosivo produzido pela fábrica. No momento do acidente, os materiais estavam sendo preparados para transporte, segundo a investigação. Não há informações sobre o que causou a explosão. Segundo o secretário de segurança pública do Paraná, Hudson Teixeira, a força da explosão fragmentou os corpos, tornando necessário o exame de DNA para comparação com material coletado das famílias. As causas do acidente estão sendo investigadas pela Polícia Civil (PC-PR). O Ministério Público do Trabalho no Paraná (MPT-PR) também apura o caso. Imagens internas da empresa Enaex Reprodução O que diz a Enaex Brasil A Enaex Brasil lamentou o caso e informou que presta cuidados aos familiares das vítimas, oferecendo apoio integral. Diz também que as investigações sobre o caso foram iniciadas e que colabora com as autoridades. Ainda na data do acidente, o Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar, Antonio Geraldo Hiller Lino, afirmou que a empresa estava regular em relação às normas de segurança contra incêndio, pânico e desastres do Corpo de Bombeiros. Em nota, também na data do acidente, a Prefeitura de Quatro Barras informou que a empresa Enaex possui todas as licenças necessárias para o funcionamento, incluindo alvará e localização em conformidade com as exigências legais. Vídeos mais assistidos do g1 Paraná: Leia mais notícias em g1 Paraná.

FONTE: https://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2025/08/18/funcionario-demitido-antes-explosao-parana-tambem-sobreviveu-acidente-1993.ghtml


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